domingo, 7 de fevereiro de 2010

Cotidiano dos Escravos no Brasil


ESCRAVOS AFRICANOS NO BRASIL

No Brasil, a escravidão africana teve início na primeira metade do século XVI, para tentar solucionar o problema da "falta de braços para a lavoura ".
Os portos principais de desembarque eram: no Rio de Janeiro, na Bahia, no Recife e em São Luís do Maranhão.
Os portugueses e brasileiros traziam os negros africanos para serem mão-de-obra escrava nos engenhos de rapadura do Nordeste.
Eram vistos como mercadorias, tratados como animais, tinham que ser avaliados físicamente, os que fossem “ melhores” eram vendidos por preços maiores, em uma avaliação eminentemente racista.
O transporte era feito em porões de navios negreiros, com condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil, seus corpos eram lançados ao mar. Por causa dessas mortes, o cuidado com o transporte de escravos aumentou, para que não houvesse prejuízo.
O DIA-A-DIA DOS ESCRAVOS

Nas fazendas de cana e nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam entre 14 e 16 horas por dia, o que se tornou o principal motivo para que eles fugissem. Outros grandes motivos, eram os castigos, as condições precárias e falta de alimentação.
Para que fossem evitas as fugas, passavam as noites nas senzalas, acorrentados.

O FIM DA ESCRAVIDÃO
Ex-escravos criaram sociedades secretas que financiavam as revoltas, as fugas e os escravos de origem africana. Começaram a atuar publicamente contra a escravidão.
Depois que o Brasil virou república os presidentes nunca tomaram nenhuma medida para integrar os ex-escravos e seus descendentes à sociedade. Escravos refugiados em quilombos atacavam fazendas, tornando a escravidão um perigo para os próprios fazendeiros.
CURIOSIDADE
A escravidão veio para o Brasil através do mercantilismo: os negros africanos vinham substituir os nativos brasileiros na produção canavieira, pois esse tráfico dava lucro à Coroa Portuguesa, que recebia os impostos dos traficantes. Até 1850, a economia era quase que exclusivamente movida pelo braço escravo. O cativo estava na base de toda a atividade, desde a produção do café, açúcar, algodão, tabaco, transporte de cargas, às mais diversas funções no meio urbano: carpinteiro, pintor, pedreiro, sapateiro, ferreiro, marceneiro, entre outras, embora várias dessas profissões fossem exercidas principalmente por cristãos-novos e além disso os escravos doentes nos navios que os transportavam para o Brasil, não eram alimentados, para que eles morressem logo e não causassem prejuízo.



Por Lucas Alves Almeida

Um comentário:

  1. Lucas, muito legal o seu artigo.
    E quanto aos estados brasileiros que mais utilizaram a mão de obra escrava? Você poderia falar um pouco sobre isso?

    São Paulo utilizou o escravo como força de trabalho? Em quais regiões do estado?

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